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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

São Geraldo de Majela

São Geraldo de Majela



Nasceu no dia 6 de abril de 1726 em Muro, ao sul de Nápolis na Itália. Seu pai Domingos Majela era um simples alfaiate, piedoso e honesto. Sua mãe Benedita Gadelha ensinou-lhe o imenso amor de Deus que não conhece limites.


Desde sua tenra infância Geraldo revelava grande inclinação para a vida espiritual.


Depois da morte do pai quando contava 10 anos de idade, foi trabalhar como aprendiz de alfaiate na oficina do mestre Sr. Martinho Panutti, criatura dotada de elevados sentimentos, tratando Geraldo como um filho. No entanto seu sócio era um homem cruel, tratando Geraldo com ódio e violência, mas Geraldo suportava tudo com grande paciência e resignação.


Quando completou 14 anos de idade resolveu dedicar-se definitivamente à vida espiritual A primeira tentativa foi de ingressar em um convento dos Capuchinhos que existia nas proximidades da cidade de Muro, no entanto devido a sua fragilidade física não pode ser admitido.


Para compensar a tentativa frustrada de tornar-se religioso, aceitou o convite para trabalhar como empregado do Bispo de Lacedogna apesar dos pedidos de seus amigos para que não aceitasse devido ao gênio irascível do Bispo. Mas Geraldo foi capaz de suportar com paciência e amor a sobrecarga de trabalho, os ímpetos de ira e as constantes repreensões do Bispo, até o desenlace deste em 1744 quando aos 18 anos Geraldo retornou a sua terra natal.


Em 1745 com 19 anos montou uma alfaiataria. Seu negócio prosperou, mas ele não ganhou muito dinheiro. Guardava o que era necessário para sua mãe e suas irmãs, e dava o resto aos pobres.


Por volta de 1749 chegaram a Muro um grupo de 15 missionários da CONGREGAÇÃO DO SANTÍSSIMO REDENTOR, ocupando as três paróquias da pequena cidade. Geraldo seguiu cada detalhe da missão e decidiu que aquela devia ser a sua vida. Pediu para ingressar no grupo missionário, mas o Pe.Cafaro, o Superior recusou-o por motivo de saúde. Tanto importunou os padres, que, ao deixarem a cidade, o Pe. Cafaro sugeriu à sua família que o trancasse no seu quarto.


Usando uma corda feita de lençóis, Geraldo conseguiu fugir de seu quarto e seguir o grupo de missionários, após uma caminhada de 19 quilômetros conseguiu alcança-los e pedir: “Aceitem-me, me dêem uma chance, depois me mandem embora se eu não for bom”. Diante de tamanha persistência Pe.Cafaro não pode senão consentir. Mandou Geraldo para a comunidade redentorista de Deliceto com uma carta em que dizia: “Estou mandando um outro irmão, que será inútil quanto ao trabalho”.


Geraldo sentiu-se absolutamente satisfeito com a forma de vida que Santo Afonso, fundador dos Redentoristas, traçou para os seus religiosos. Ficava radiante ao constatar como era central o amor a Jesus e como era essencial o amor a Maria mãe de Jesus.


Dias após sua chegada ao convento, convenceram-se todos da Irmandade de que, longe de ser um irmão inútil e apenas um jovem piedoso, Geraldo era um excelente homem de trabalho, que desempenhava todos os serviços com prontidão e presteza, como se gozasse uma saúde de ferro.


Professou os primeiros votos na data de 16 de julho de 1752, que, conforme ele ficou sabendo com alegria, era a festa do Santíssimo Redentor e também o dia de Nossa Senhora do Carmo.


Geraldo era um excelente trabalhador, e nos anos seguintes foi por diversas vezes jardineiro, sacristão, alfaiate, porteiro, cozinheiro, carpinteiro e encarregado das obras da nova casa de Caposele. O que demonstra a sua grande capacidade e rapidez na aprendizagem.Visitando a oficina de um escultor, logo começou a fazer crucifixos. Tinha apenas uma ambição: fazer em tudo à vontade de Deus.


Geraldo tinha o hábito de cultivar o reconhecimento de espírito. Essa união com Deus era tão intensa que se transformava muitas vezes em êxtase, privando-o totalmente dos sentidos. Às vezes bastava a vibração de uma imagem, uma palavra piedosa para arrebatá-lo do mundo dos sentidos em prolongado arroubo estático.


Não aspirava ele aos êxtases e consolações, mas sim ao cumprimento integral e perfeito da vontade de Deus. “Ó vontade de Deus, ó vontade de Deus”, exclamava ele, ‘ quão feliz é quem entende não querer outra coisa senão o que Deus quer”.


O crucifixo era o objetivo predileto de sua meditação. A devoção a Virgem Maria, tornou-se cada vez mais tenra e perfeita.


A seguir, alguns ensinamentos e fatos prodigiosos relacionados à vida de nosso amado Irmão e Mestre Geraldo:


  • “O homem jamais deveria dizer “eu me humilho”, pois quem assim fala já se tem na conta de alguma coisa”;

  • “Senhor daí-me força para observar fielmente a vossa lei; Se eu tivesse a desgraça de desviar-me dela por um triz, em breve dela me afastaria muito, porquanto deixais cair em graves faltas a quem levianamente despreza pequenas culpas”;

  • Certa vez veio ter com ele um jovem atacado de um cancro incurável na perna, e que a par do sofrimento que lhe vinha causando, se viu na dura necessidade de mendigar para assegurar o seu sustento, já que a doença o impossibilitou de trabalhar. Geraldo desatou com as próprias mãos as ataduras e viu o pé corroído por asqueroso cancro. Abaixou-se, colou os lábios à chaga e vencendo a natural repugnância, sugou o asqueroso conteúdo e disse: “Confie em Deus, meu irmão. A tua chaga será curada". As dores desapareceram instantaneamente. Geraldo deu-lhe uma esmola e despediu-se. Na manhã seguinte a ferida estava completamente fechada, como Geraldo predissera.


Geraldo era austero consigo mesmo, um modelo de caridade fraterna, auxiliando sempre os irmãos leigos seus companheiros de trabalho e na convivência com os demais irmãos templários, dando sempre provas de atenção, cordialidade e gentileza. Sempre dedicou especial atenção e caridade aos mais necessitados e doentes no corpo e aos bens voltados para a evolução espiritual das pessoas.


Percorreu vários povoados, aldeias e cidades distribuindo ricos tesouros de ensinamentos espirituais em paga das esmolas que recebia. Embora obrigado a entrar em contato com os ruídos do mundo, não se deixava envolver. Conservava-se sempre o mesmo homem simples, pobre e amável.


No dia 15 de outubro de 1755 aos 29 anos fez sua viajem de retorno à Casa do Pai.

domingo, 23 de maio de 2010

Datas da vida de São Geraldo de Magela

DATAS DA VIDA DE SÃO GERALDO

6 de abril 1726 : Nascimento em Muro Lucano/Itália. Batizado no mesmo dia

1733 / 1734 / 1735 : Geraldo freqüenta a escola. Aprende a ler, escrever, fazer contas... e falar com facilidade.

1736 : 1ª Comunhão. Sua alegria e festa no coração.

1738 : Morre o pai Domingos. Geraldo se torna aprendiz de alfaiate com o mestre Pannuto. Tratado com dureza. Resiste. É admirado.

1740 : Geraldo se apresenta no convento dos capuchinhos, onde era superior um tio seu, irmão da mãe Benedita. É recusado por ser muito novo e fraco.

1741 : Aceito como doméstico na casa do Sr. Bispo Albini. Deu certo apesar da rudeza do patrão bispo. Chamam-no de Gerandiello, o pequeno Geraldo.

1745 : Geraldo é de novo recusado pelos capuchinhos. Tenta com um colega a se tornar eremita. Difícil demais. Desiste.

1747: Empregado como alfaiate na escola-internato do sr. De Luca Malppede. Um inferno.

1748 : Conhece dois missionários redentoristas: Padre Francisco Garzilli e Irmão Onofre Ricca. Arrecadam donativos para a construção de um convento junto ao Santuário de Nossa Senhora, em Materdonini.

13 de abril de 1749 : Começa a missão redentorista em Muro. Chefe dos missionários: Padre Paulo Cafaro. O trio da missão: Padres Cafaro, Margota, Fiochi.

Geraldo se encanta com o modo santo dos missionários. Acompanha-os em tudo.

Chega a pedir: “Padres, peço, aceite-me entre os irmãos da sua congregação”. E repete, repete a cada dia o pedido.

Termina a missão. Os missionários vão embora bem de manhã. Geraldo foge de casa, saltando pela janela. Corre atrás. Insiste. Perplexo Padre Cafarotoma a decisão. Dá um bilhete a Geraldo para o reitor do convento de Deliceto a 50km.

17 de maio de 1749 : Geraldo chega ao convento de Deliceto. Mostra o bilhete. Neste bilhete estava escrito: aqui vai um inútil, é mais uma boca para comer. É aceito como aspirante.

Dezembro de 1749 : Durante a festa de Natal Geraldo veste o hábito redentorista. Acaba de ser nomeado o reitor da comunidade o Padre Cafaro. São 3 anos de experiência como religioso redentorista.

10 de abril de 1752 : Morre a mãe Benedita.

16 de julho de 1752 : Geraldo torna-se redentorista de vez.: faz os votos religiosos e o juramento de perseverança. Ele assina assim: Irmão Geraldo Majela. E acrescenta... do Santíssimo Redentor.

Maio de 1754 : Geraldo é caluniado pela jovem Nerea Caggiano. Recebe punição religiosa. Proibido de sair de casa e de comungar.

Julho 1754 : Desfaz-se a trama mentirosa. Geraldo se encontra com o fundador Santo Afonso de Ligório. É reconhecida sua inocência.

Enviado para residir em Nápoles.

1 de dezembro 1754 : É designado para residir no Santuário de Materdomini.

30 de agosto de 1755 : Chega doente, enfraquecido depois de uma tarefa missionária.

4 de outubro : agravamento de sua doença.

16 de outubro de 1755 : Morre, de madrugada, em seu quarto no convento de Materdomini, cercado de carinho, cuidado e admiração de seus confrades.

29 de Janeiro de 1893 : Irmão Geraldo é beatificado pelo Papa Leão XIII.

11 de dezembro de 1904 : Canonizado pelo Papa Pio X.

18 de setembro de 1906 : Chega a Curvelo, trazido pelos redentoristas, para ser amado e venerado por todos nós curvelanos.

Fonte: http://www.basilicasaogeraldo.org.br

Curiosidades sobre São Geraldo de Magela

ITÁLIA e BRASIL possuem o maior número de devotos do Irmão Leigo Redentorista Geraldo Magela

Além do Santuário de Curvelo, mais dois grandes Santuários são dedicados a São Geraldo e cuidados pelos Redentoristas, o Santuário de Wittem na Holanda e o Santuário-mãe, em Materdomini na Itália (fotos abaixo).


Existe um grande número de pessoas homônimas do santo.

Batizar os filhos como Geraldo ou Geralda é uma homenagem que as mães fazem ao Santo, em ação de graças por um parto feliz e pelos filhos saudáveis.



São Geraldo morreu em Materdomini no dia e na hora que ele tinha predito, 16 de outubro de 1755, consumido pelas suas severidades e pela tuberculose.


Acróstico de São Geraldo

Santo que há cem anos,
Alcançou a glória dos altares,
Orgulho dos devotos curvelanos.

Gerando graças e muitos favores,
Espiritualizou, a grei ávida de Deus,
Revigorando a fé que é uma constante,
Alegrando, assim, a Igreja Triunfante.
Lançou no coração desta comuna,
Dedicação especial à virgem Mãe Santíssima,
O belo ideal de uma Vida Redentorista.

Edson Gandra
Membro da Academia Curvelana de Letras



São Geraldo prevê nascimento de um bebê

Seu conterrâneo e amigo Alexandre Del Piccolo, que se casara há pouco pela segunda vez, foi visitá-lo em Materdomini. Geraldo o aconselhou: "Alegre-se e ame de coração sua esposa, apesar das dificuldades que virão. Ela está grávida de 40 dias e dará à luz um Menino".
E assim aconteceu. E Alexandre, feliz com o menino, o fez batizar com o nome de Geraldo. E narrou esta história por todo canto. Consta das atas de canonização.


TRÊS GRAÇAS ALCANÇADAS COM O "LENÇO DE SÃO GERALDO"

Na vida de nosso querido santo, aparece, por vezes, um lenço como instrumento de "milagres". Como parte das comemorações pelo Centenário da canonização de São Geraldo, aconteceu em Coronel Fabriciano, uma palestra que atraiu uma platéia de mais de 530 pessoas. No final da palestra foram distribuídos aos presentes "lencinhos de são Geraldo", como recordação. E não é que são Geraldo começou naquela mesma noite suas "travessuras" através deles!

- Uma mãe, chegando a casa, cheia de fé, colocou o "lenço abençoado" sobre a fronte de seu filhinho, invocando a proteção de são Geraldo. Fazia bem tempo que a criança vinha sofrendo uma forte e incômoda dor de cabeça. Simples cefaléia?!... Meningite?!... Aneurisma cerebral?!... Não se sabia. O que se sabe é que, no outro dia, a dor tinha evaporado e não voltou mais. Uma graça do "Protetor das mães e de seus bebês", dando uma passadinha por ali.

- Outra mãe tinha um filho, padecendo muito com um feio e purulento furúnculo. Pensavam em levar o garoto ao médico, no dia seguinte, para lancetar a apostema. Mas, aquela mãe, invocando são Geraldo, aplicou o "lenço abençoado" sobre a pare dorida da criança. No dia seguinte a pústula tinha vazado toda e, dentro em breve, o menino já saltava por aí, livre da infecção, por uma graça do "Padroeiro das mães e de seus bebês" que, tendo enfrentado em vida todos esses problemas de família, agora não falha ao ser invocado!

- Essa graça foi obtida por uma senhora católica fervorosa. Já por muitas noites não conseguia dormir. Confiante, colocou o "lenço abençoado" sobre as têmporas, recomendando-se ao "Padroeiro das mães e de seus bebês".Dormiu serenamente aquela noite e mais algumas horas do dia seguinte, como reposição do sono perdido antes. E a insônia voou como um passarinho espantado, para não mais voltar!
Disse o P.e Paulo Cáfaro, referindo-se a Geraldo, moço noviço, em Deliceto: "Deus brinca com este rapaz!" E, pelo andar da carruagem, parece que o folguedo de Deus com Geraldo, está continuando. Talvez se enchessem livros contando as "travessuras" desses dois.



RÁPIDAS SOBRE GERALDO

Geraldo vivia tudo com um espírito de liberdade e franqueza que atraía e também surpreendia aqueles que com ele conviviam ou com ele lidava.
Atraía em Geraldo seu olhar de fé sobre cada acontecimento. Ele irradiava uma disponibilidade ao sopro inspirador do Espírito Santo de Jesus que soava a muitos como maluquice. um teatrólogo chamou-o de LOUQUINHO DE DEUS.

UM COMENTÁRIO
O Reitor da casa redentorista de Materdomini, depois do acontecimento do tonel que ficava aberto sem que ovinho jorrasse, se desperdiçando, afirmou: - Com ele, Deus se diverte de modo singular. É necessário deixá-lo agir segundo o Espírito que o conduz: de outro modo não podemos explicar tão estupendo prodígio.

A VONTADE DE DEUS
Aqui está o núcleo da vida espiritual de Geraldo. Nisso afinadíssimo com os ensinamentos do fundador de sua congregação.

FRASES DE GERALDO EM SEUS DIAS FINAIS DE AGONIA:
"Eu penso que este leito é a vontade de Deus e estou cravado nele como estivesse na vontade de Deus. Ainda me imageino que eu e a vontade de Deus temos chegado a ser a mesma coisa."

Geraldo viveu da ternura do amor de Deus. Seu SIM ao querer divino era alegre convicto, confiado.

UM TESTEMUNHO
Era sempre alegre e afável até com os mais humildes e só se o via tristonho olhava pecados e pecadores, aos quais admoestava docemente e fazia quanto podia para atraí-los a Deus.
De uma carta pedindo orações à Irmã Maria de Jesus por outra religiosa gravemente enferma:
"Eu não a quero morta. Direi ao meu querido Deus que desejo que se faça mais santa e que morra na velhice trabalhando para a Glória de Deus. e que desta vez Deus faça como nós queremos. Em nome de Deus, dou-voa a obediência de não deixá-la morrer.



PENSAMENTOS, SENTIMENTOS E FRASES DE SÃO GERALDO

Permaneça com muita alegria e não se deixe deprimir

A fé é vida e a vida para mim é fé.

Aqui se faz a vontade de Deus como e quando Ele quiser!"(Frase na porta do seu quarto)

Venho dizer-lhe, da parte do meu amado Deus, que se deixe ficar numa sólida e santa paz.

Deixar-se conduzir em todos os assuntos conforme o Espírito de Jesus Cristo.

Todos nós somos tentados em nossa vocação. E Deus prova-nos assim para ver nossa fidelidade.

A mortificação tem sentido em Deus. É uma lástima sofrer e não fazer isto por amor a Deus.

Se não me quiserem na congregação, hão de me ver todos os dias na porta do convento pedindo esmolas para os necessitados. (Quando buscava entrar para a Congregação Redentorista)

A divina vontade quer que eu siga adiante com água e vento nesse caminho. Ele quer que eu siga adiante. Ele quer e eu quero.

Serei pobre em fazer a minha vontade, e rico em buscar a tua.

Confio e espero somente em Deus, pois conheço bem minha miséria. Se assim não fosse, já teria perdido a cabeça.
A melhor oração é fazer o que agrada a Deus, e quando se faz por amor a Deus, tudo é oração.

Ó Deus meu, oxalá pudesse eu converter tantos pecadores quanto são os grãos de areia do mar e da terra, as folhas das árvores e dos campos, quanto são as partículas do ar, estrelas do céu, raios do sol e da lua e criaturas todas da terra.

Tenho agora a maravilhosa ventura de tornar-me santo, e, se a desperdiço, perco a para sempre.

Pois, que me falta para tornar-me santo? Tenho todas as ocasiões favoráveis para ser santo. Coragem, pois, quero me tornar santo.

Desde agora sejas mais sensato e penses que não te farás santo estando só em contínua oração e contemplação.
A melhor oração é estar como Deus quer. Permanecer na vontade divina, isto é, em contínuos trabalhos por amor de Deus. É isto que Deus quer de ti.

Não te submetas a teus gostos ou aos do mundo. Basta teres só Deus presente, e estares sempre nele, em tudo o que fazes.

Na verdade, tudo o que se faz unicamente por amor de Deus, tudo é oração.

Alguns se preocupam em fazer isto ou aquilo. Eu só tenho a preocupação de fazer a vontade de Deus.

Nenhum sofrimento é sofrimento, quando o aceitamos seriamente.

Alguns me dizem que eu zombo do mundo. Ó Deus, o que haveria de estranho se eu risse do mundo? Muito estranho seria se eu risse de Deus!

Se me perco, perco a Deus. E que me resta perder, se perco a Deus


Fonte: http://www.basilicasaogeraldo.org.br

Vida de São Geraldo de Magela

Vida de São Geraldo

Infância

Geraldo nasceu em Muro, no sul da Itália, no dia 6 de abril de 1726. Nasceu de uma família pobre de bens, mas rica de bênçãos. Domingos Majela e Benedita Majela foram os seus pais. O pai Domingos, era alfaiate. A mãe Benedita, era lavadeira. Os dois se amavam com um amor imenso. Deste amor puro e santo nasceu-lhes o Geraldo. O filho Geraldo, tinha o jeito de anjo. Era bom. Era uma graça. Era de paz.

Ele foi batizado no mesmo dia em que nasceu. Seus pais entendiam que Deus em seus planos não deixa ninguém nascer à toa. Quem nasce é para ser gente; é para sentir-se amado e saber-se capaz de amar. É neste sentido que está certo quem disse: "Amar a vida é mais do que construir catedrais!"

O menino Geraldo era franzino de corpo. De espírito, porém, era robusto. Deus lhe deu uma inteligência brilhante. Os professores logo viram nele um prodígio.

Em geral as crianças são egoístas e cheias de manhas. Por incrível que pareça, Geraldo com apenas 7 anos já sabia quem eram os outros para ele. Que beleza quando na família os pais ensinam o evangelho aos filhos com a vida! Foi dos pais que Geraldo aprendeu desde pequeno o amor ao trabalho e a sabedoria da oração. Daí floriu a sua vocação.

Conforme o testemunho de suas próprias irmãs, ele era muito dedicado às devoções, também se confessava todos os dias e se disciplinava diariamente.
Aos sete anos, em vista da pobreza da família, dirigia-se à ermida de Capodigiano, onde recebia um pãozinho branco que o Menino Jesus lhe entregava e com quem ele brincava. Somente mais tarde, quando já na Congregação, Geraldo compreende quem era aquele Menino.

Entregava-se à oração. Sua mãe encarregava-se de educá­lo na fé. Conforme ele mesmo conta, como tivesse muita vontade de comungar e que por causa de sua idade não lhe era possível, São Miguel apareceu-lhe de noite para lhe dar a comunhão. Assim como afirma posteriormente, fazia o próprio Menino Jesus.

Juventude

Aprendendo uma profissão

Por causa da necessidade do lar, sua mãe o mandou à alfaiataria do senhor Martin Pannuto, mestre alfaiate, para que Geraldo aprendesse uma profissão e assim pudesse ajudar nas despesas da casa. Aí sua bondade de vida e sua simplicidade eram interpretadas como estupidez, e todos zombavam dele, insultavam-no, chegando até a maltratá-lo. Mas sua resposta era sempre: "Meu Deus, que se faça a tua vontade". Ali no esforço diário foi assimilando o mistério da Cruz de Cristo.

Trabalhando para o Bispo

Quando tinha 14 anos, chegou Dom Albino à cidade de Muro e lhe administrou o sacramento da crisma, que deverá ser o sinal da fortaleza e do valor que marcarão toda a sua vida. Dom Albino era natural de Muro.
Com o Bispo, lá se foi Geraldo para ser seu empregado. Nesse ofício precisou praticar verdadeiro heroísmo. Um sacerdote contemporâneo deixou por escrito, sob juramento, esta declaração: "O Bispo irascível se irritava por qualquer coisinha. Impacientava-se com tudo. Se nunca chegou a bater em Geraldo, contudo, não lhe poupou toda classe de censuras".
Dom Albino cria-se no direito de fazer o que bem entendesse com seu jovem empregado. Fazia-o trabalhar sem descanso e reprovando-o sempre de não fazer tudo o que devia e de fazê-lo mal. Era impossível agradá-lo. Geraldo, por sua parte, tinha para com ele grande respeito e dedicação. Seu espírito de mortificação e penitência encontrou ali um bom lugar de realização.
A tudo isso ia unindo seus jejuns e uma intensa vida de oração. O tempo que passava numa capela da vizinhança era algo que se repetia diariamente. Mas o Bispo adoeceu. E Geraldo, depois de cuidar dele como se fosse seu próprio pai, após a sua morte, teve de deixar Lacedônia.

Trabalhando em sua alfaiataria

Em 1745, com 19 anos, voltou para Muro onde montou uma alfaiataria. Seu negócio prosperou, mas ele não ganhou muito dinheiro. Praticamente dava tudo para os outros. Guardava o que era necessário para sua mãe e suas irmãs e dava o resto aos pobres ou para Missas em sufrágio das almas do purgatório. Geraldo não passou por uma conversão repentina e espetacular, apenas foi crescendo constantemente no amor de Deus. Durante a Quaresma de 1747 ele resolveu ser completamente semelhante a Cristo o quanto lhe fosse possível. Fez penitências mais severas e procurava explicitamente a humilhação, fazendo-se passar por louco e sentindo-se feliz quando riam dele nas ruas. Sua preocupação com os pobres e necessitados era grande, ao ponto de se privar do necessário, quando via alguém sofrendo penúria.

Buscando sua vocação

Mas Geraldo sentia que o Senhor tinha escolhido para ele um outro lugar. Assim, entra em contato com os capuchinhos, mas em vão solicita ser admitido, mesmo na condição de empregado.
Não é aceito, dada sua saúde precária e sua aparência doentia. Para Geraldo esse golpe foi terrível. Contudo, entrega-se à oração, pedindo a Deus que o encaminhasse para vida religiosa.
Mas tendo chegado a Muro seu amigo Luca Valpiedi, antigo condiscípulo, parte com ele para ajudá-lo em seu colégio, no cuidado das crianças. Ali encontrou um novo calvário. Naquele tempo caiu-lhe em mãos certa obra de Antônio de Olivedi, intitulada: "O ano doloroso de Jesus Cristo". Cada palavra daquele escrito foi um dardo penetrante no coração do nosso jovem Geraldo. Sentiu crescer extraordinariamente suas ânsias de sofrer mais e mais para assemelhar-se ao Redentor.


Vocação

Quando tinha 22 anos chegaram a seu povoado alguns missionários. Eram os Redentoristas, e entre eles achava-se o Irmão Onofre que contou a Geraldo como era sua vida. Mas, percebendo que o jovem estava entusiasmado, mudou de assunto, dizendo-lhe que ele não resistiria àquele tipo de vida.

Pouco tempo depois voltaram os missionários. Entre eles estava o Padre Paulo Cáfaro, que depois de muito vaivém e oposições lhe permite que o acompanhe ao convento. "Meu filho, lhe diz, você me venceu. Recebo-o como religioso, e que Deus lhe dê saúde e forças para perseverar até a morte".

Enviou-o para lliceto com uma carta ao superior. Na carta ele dizia: "Aí vai um irmão inútil para o nosso trabalho. Ele não tem saúde. É fraco. Mas eu não pude rejeitar sua admissão sem dar-lhe uma chance. Ele insistiu até cansar-me e é grande a consideração que lhe têm os moradores de Muro". Geraldo vibrou.

Deixar a casa, sua mãe e as irmãs foi um drama para Geraldo. Teve de fugir. Deixou-lhes apenas um bilhete, no qual dizia: "Querida mamãe e irmãs, fugi. Já estou com os redentoristas. Não se preocupem. Vou tornar-me santo. Esqueçam-me. Adeus!”

Vida Religiosa

No dia 17 de maio de 1749, Geraldo partia radiante de alegria para a casa de noviciado de Iliceto. Em novembro desse mesmo ano vestia a batina redentorista e começava sua interiorização na vida religiosa.

O Padre Cáfaro seria o seu mestre de noviciado, e também seu diretor espiritual. E sendo esse sacerdote tão severo, contudo, teve de se esforçar por moderar para que Geraldo não se consumisse pelas penitências.
Desde o começo passou a ser na comunidade um modelo de abnegação e serviço. Trabalhador como só ele, muito dedicado à oração, exemplo de virtudes. Tudo isso fez com que ganhasse logo a simpatia e estima de seus confrades. No dia 16 de julho de 1752 fez sua profissão religiosa.
Já religioso, sua vida desenvolvia-se no cuidado constante de seus deveres comunitários, de um modo especial, prestando serviços a seus irmãos, e na preocupação pelo seguimento de Cristo missionário, anunciando aos pobres a palavra divina.
Sua vida era a concretização das Regras. O respeito por seus coirmãos e em particular pelos superiores (nos quais encarnava a vontade de Deus), atingia os limites de heroicidade. Pense­mos como soube calar-se diante de Santo Afonso quando foi caluniado...

Atividades do Irmão Geraldo

No convento de Iliceto realizavam-se retiros espirituais para sacerdotes e leigos no decorrer do ano. Para Geraldo era uma ocasião propícia para extravasar o seu zelo. Muitos pecadores que nem sempre se comoviam com as palavras dos pregadores se rendiam às exortações e súplicas do zeloso Irmão. Até padres renitentes no mal, tocados pelas humildes considerações de Geraldo, mudavam de vida.

Nesta quadra de sua existência a fama de sua santidade ia crescendo sempre mais e inúmeros os prodígios a ele atribuídos como curas de muitos doentes. Sempre que podia Geraldo continuava sua assistência aos pobres e necessitados tanto é verdade que tempo é questão de opção. Ele nem falhava nas tarefas que os superiores lhe davam, nem à oração na qual vivia imerso e ainda tinha como ir ao encontro dos indigentes e doentes. Isto se deu sobretudo quando, diante das dificuldades do Convento, foi escaldo para recolher esmolas.

A Grande Provação

A santidade verdadeira deve sempre ser testada pela cruz, e assim, em 1754, Geraldo devia sofrer uma grande provação, aquela que bem pode ter merecido a ele o poder especial para assistir às mães e a seus filhos. Uma das suas obras de apostolado era a de encorajar e assistir as moças que queriam entrar para o convento. Muitas vezes ele até garantiu o necessário dote para alguma moça pobre que de outra forma não poderia ser admitida numa ordem religiosa.

Néria Caggiano era uma das moças assistidas desta forma por Geraldo. Porém, ela achou desagradável a vida do convento e dentro de três semanas voltou para casa. Para explicar sua atitude, Néria começou a espalhar mentiras sobre a vida das freiras, e quando o povo de Muro recusou-se a acreditar em tais histórias a respeito de um convento recomendado por Geraldo, ela resolveu salvar sua reputação destruindo o bom nome do seu benfeitor. Para isto, numa carta dirigida a Santo Afonso, o superior de Geraldo, ela o acusou de pecados de impureza com a jovem de uma família em cuja casa muitas vezes Geraldo ficava nas suas viagens missionárias.

Geraldo foi chamado por Santo Afonso para responder a acusação. Mas em vez de se defender, permaneceu em silêncio, seguindo o exemplo do seu divino Mestre. Diante deste silêncio, Santo Afonso nada pôde fazer senão impor ao jovem religioso uma severa penitência: foi negado a Geraldo o privilégio de receber a santa Comunhão e foi-lhe proibido todo contato com os de fora.

Não foi fácil para Geraldo renunciar aos trabalhos pelo bem das almas, mas este era um sofrimento pequeno em comparação com a proibição de comungar. Sentiu isto tão profundamente, que chegou a pedir para ficar livre do privilégio de ajudar a Missa, receando que, a veemência do seu desejo de receber a comunhão o fizesse arrancar a hóstia consagrada das mãos do padre no altar. Algum tempo depois, Néria ficou gravemente enferma e escreveu uma carta a Santo Afonso confessando que as suas acusações contra Geraldo não passavam de invenção e calúnia. O santo ficou cheio de alegria ao saber da inocência do seu filho. Mas Geraldo, que não ficara deprimido no tempo da provação, também não exultou indevidamente quando foi justificado. Em ambos os casos sentiu que a vontade de Deus tinha sido cumprida, e isto lhe bastava.

Últimos Dias

Geraldo tinha exigido de seu corpo mais do que ele podia dar. Sua saúde estava destruída. A anemia consumia-o e seus pulmões já não trabalhavam como deviam. Contudo, continuou esforçando-se em servir os outros e em enfraquecer sua pessoa.

Em 1755 Geraldo sai para pedir esmolas para a construção do convento de Caposele. Sente-se mal. É a tuberculose. Estava com 29 anos. Ao morrer diz ao superior: "Meu leito é a vontade de Deus. Ele e eu somos uma só coisa".

No dia 16 de outubro de 1755, com apenas 29 anos de idade, e somente 7 na Congregação, entregou a Deus seu espírito.

Seus funerais foram grandiosos e soleníssimos. De Caposele e de todos os povoados vizinhos, a multidão acorreu atropelando-se para despedir-se do santo e solicitar graça por sua intercessão.

E como em vida realizou tantos prodígios, maiores foram os milagres que realizou depois da morte. E a piedade popular que por ele sente a Itália e muitos outros lugares, é com justa razão.

Bendito seja Deus pela vida de São Geraldo!

A Canonização

Embora a fé no santo fosse muito grande, contudo, somente em abril de 1839 foi aberto em Muro o processo recolhendo os testemunhos daqueles que o tinham conhecido e daqueles que tinham recebido alguma graça por meio dele.

Em 1847, Sua Santidade Pio IX concedeu-lhe o título de Venerável e em 1893 o Papa Leão XIII o declarou Beato.

Finalmente, no dia 11 de dezembro de 1904, o Papa Pio X canonizou Geraldo Majela em meio a uma magnífica cerimônia, como é costume em tais ocasiões.

Personalidade e Espiritualidade de São Geraldo

Os biógrafos de São Geraldo pouco se preocuparam em nos mostrar seus traços humanos. A representação que dele temos no-lo mostra como religioso redentorista e nela sua figura é a de um asceta, comumente acompanhada de um crucifixo e de uma caveira.

Autores contemporâneos o mostram em seu aspecto físico como um jovem alto, de rosto ovalado, simpático e atraente. Seu olhar profundo era atraente, suave e terno, sua voz cheia e forte, com belo timbre, com um talento particular para o canto.

Seu rosto pálido por causa dos contínuos jejuns, vigílias e privações; sua resistência à fadiga e ao trabalho é extraordinária. Dava um cansaço em seus companheiros de viagens, que muitas vezes tinham de recorrer às cavalgaduras para acompanhá-lo e trabalhava de forma surpreendente. Este último dado é confirmado por todas as crônicas dos conventos pelos quais passou.

Era de temperamento emotivo e de caráter ardoroso. De coração afetuoso que o fazia encontrar-se com os outros com muita facilidade e se apegar a eles. Igual solicitude terá diante da escolha de sua vocação e em sua perseverança nela.

As energias de seu caráter soube canalizar no domínio de si mesmo e no serviço aos outros. Amou a Deus com todas as suas energias. Exposto à admiração dos outros, seu amor ao Crucificado levou-o sempre a procurar os ofícios mais humildes e até repugnantes, procurando em tudo passar despercebido.

De sentimentos delicados, alegrava-se servindo o alimento aos desvalidos, fazendo curativos nas repugnantes chagas dos incuráveis e consolando os infelizes.

Sensível diante da natureza ficava surpreso com a formosura dela, com o trinar dos passarinhos, com a beleza das flores e com a imensidade e misterioso encanto das matas e dos animais.


Fonte: http://www.basilicasaogeraldo.org.br